Geração 2.0

Blog Raso Expresso

A internet e suas tecnologias vêm atraindo cada vez mais jovens a ficar dentro de suas casas sentadas em uma cadeira em frente a um computador, talvez esperando apenas uma atualização do Facebook, e quando percebem era apenas um convite para um maldito jogo de “Colheita Feliz”.

Algumas pessoas ingressam em sites de relacionamento e muitas vezes acabam vagando, por exemplo: quer mandar algum recado para o amigo e ao invés de mencioná-lo, apenas escrevem e largam a Deus dará, se você viu, bem.

A Praça da Matriz já teve seus momentos animados, lembro-me dos sábados quando acabava a missa e todos se reuniam para conversar, nem que seja da vida dos outros, tempo bom. Hoje, a missa termina e a primeira coisa a se fazer é verificar as atualizações em seu smartphone e ficar procurando frases de grandes pensadores para publicar no Facebook. Alguns até acham que isso os fará mais inteligente e sedutores. Credo.

Existem também aqueles que se dizem hackers, apenas por descobrir que uma pessoa não confirmou o e-mail, vão lá, criam uma conta e redirecionam a senha. Pronto sou Hacker.
Eu inclusive na época desses ataques infernais aos Orkuts recebia vários clientes choramingando a sua perda e jurando até morte, outras vezes dizendo que foi a namorada do seu ex, se duvidasse até a sogra entrava no bolo.

A internet está aí, cheia de tutoriais completíssimos para aprender a fuçar no mundo tecnológico, porém não é o suficiente e nem todos vão a fundo neles para buscar conhecimento, pois o que rola é fuçar a vida do outro e soltar indiretas sem sentido.

Papalo Andrade

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Saudosismo bate forte no peito quando lembro do futebol descalço sob o asfalto quente, quando na falta de bola de couro, usava-se bolinha de papel e dois pares de sandálias pra ser fazer o gol. Quando o peso do guri era o pouco mais que o de uma pluma, não pela falta de comida, mas pelo excesso de atividade física. Uma pena que tudo isso tenha acabado.

Acho legal toda essa parafernália tecnológica e esse fácil acesso a informação que temos hoje. Acho chato mesmo é que o pessoal use todo esse recurso pra tirar foto fazendo bico de pato ou postar frases não ditas pela Clarice Lispector ou pelo Caio F. Abreu - que Jeová os tenha.

A internet é bem mais que foto de comida no Instagram, o miguxês das meninas semi-analfabetas do Facebook, os MIL emoticons de letras reluzentes do falecido MSN, garotas recém saídas da infância reclamando de relacionamentos amorosos desfeitos, etc.

Hoje, se quer dá pra conversar com alguém sem ser atrapalho pelo maldito celular avisando que chegou mensagem nova cem vezes.

Me desculpem amigos, vou partir para as montanhas, afim de dividir quarto com Zaratustra... mas antes, uma olhada nas atualizações do Facebook.

Gibson Andrade