Maceió
e mais 157 cidades de Alagoas enfrentam racionamento de água por conta
da seca que atinge o Nordeste. Cinco bairros da parte alta da capital
alagoana enfrentam rodízio desde o final de novembro. Cerca de 200 mil
pessoas, ou 20% da população, recebem água em dias alternados. Segundo o
presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas, Álvaro Menezes, o
reservatório que atende 25% da demanda da área opera muito abaixo da sua
capacidade. "O racionamento é uma medida preventiva para evitar o
colapso", explicou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Além de
Maceió, três municípios da região metropolitana estão sem água: Satuba,
Coqueiro Seco e Santa Luzia do Norte. As cidades recorrem a carros-pipa.
Na Bahia, a situação não é muito diferente. Dos 417 municípios, 253
tiveram a situação de emergência reconhecida pela União e 74 cidades
também enfrentam racionamento. Segundo meteorologistas, não há previsão
de melhora para os próximos meses. Até fevereiro, as chuvas ficarão
abaixo da média, exceto no sul baiano, diz o coordenador do Instituto
Nacional de Meteorologia de Recife, Raimundo dos Anjos.