A
criatividade de pastores e outros líderes religiosos para obter doações
de fieis é muito antiga. Da venda de miniaturas da arca da aliança a
paninhos empapados de suor do pastor; da cobrança de dízimo em débito
automático ao “desafio” financeiro que o fiel deve pagar suaves
prestações no carnê; da venda de caríssimas caravanas à Terra Santa às
vigílias do enriquecimento etc. Hoje em dia vale quase que absolutamente
tudo para fazer valer a chamada teoria da prosperidade, defendida por
tantas igrejas… A Igreja Mundial do Poder de Deus não fica atrás. Seu
líder, o intitulado apóstolo Valdemiro Santiago, está
anunciando na TV a venda do “tijolo da obra de Deus”. Trata-se de um
tijolinho de plástico, até que fofinho, que o fiel deve comprar por, no
mínimo, R$ 200. Com isso, além de ganhar o mimo ele está “investindo” na
reconstrução da obra de Deus” e da sua própria vida. “Você não pode
ficar de fora. Você já investiu em tanta coisa nessa vida…”, prega Santiago na TV. Segundo Santiago,
estão “separados” 100 mil tijolinhos para que os fiéis os adquiram. Se
conseguir vender tudo, a Igreja Mundial arrecadará em torno de R$ 20
milhões – suficiente para a construção de um edifício. O próximo passo,
especula-se na igreja, seria a venda da “argamassinha de Deus”. Afinal, é
preciso assentar os tijolos. Santiago deve estar
realmente precisando de mais dinheiro, uma vez que diz gastar quase R$
15 milhões por mês só em compra de horários em TVs e rádios. E isso sem
contar a Rede CNT, em que ele está prestes a colocar as mãos integralmente.
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