O juiz Vítor
Bizerra, ex-titular da comarca de Monte Santo, que concedeu a retirada
dos cinco filhos de Silvânia da Silva e Gerôncio Souza, rebateu a
acusação dos pais das crianças, que alegam ter havido irregularidades no
processo, em entrevista ao A Tarde.
O juiz acusa a mãe das crianças de abandono, uso de entorpecentes,
trabalhar como profissional do sexo e usar os filhos como moeda de troca
para consegui benefícios federais. Já o pai teria sido preso sob
acusação de "delitos sexuais". A guarda provisória foi concedida a
casais residentes em São Paulo. Bizerra contou ter tomado conhecimento
do abandono dos menores pelos pais através do Conselho Tutelar, em março
de 2011.
O juiz relata que já os teria advertido seguidamente e sem sucesso. A
advogada do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
Yves de Roussan (Cedeca), Isabella da Costa Pinto, negou às acusações
contra o casal. "O risco iminente ao qual o juiz se refere é o fato de
uma criança de dois meses tomar leite de vaca e os outros filhos maiores
brincarem descalços em uma rua urbana sem pavimentação. Ou seja, as
crianças foram retiradas dos pais porque são pobres, o que é motivo
vetado pela legislação", reclama.
A defensora advogada nega que o pai das crianças tenha envolvimento com delitos sexuais e a mãe seja viciada em drogas ou prostituta. "Ele foi preso porque trocou um jegue por uma arma enferrujada. Gerôncio pretendia trocar a arma por saco de cimento", justificou. Segundo ela, uma das famílias paulistas sequer possui cadastro no sistema de adoção e tanto o juiz e quanto o Ministério Público jamais notificaram os familiares sobre o processo de adoção.
A defensora advogada nega que o pai das crianças tenha envolvimento com delitos sexuais e a mãe seja viciada em drogas ou prostituta. "Ele foi preso porque trocou um jegue por uma arma enferrujada. Gerôncio pretendia trocar a arma por saco de cimento", justificou. Segundo ela, uma das famílias paulistas sequer possui cadastro no sistema de adoção e tanto o juiz e quanto o Ministério Público jamais notificaram os familiares sobre o processo de adoção.