Depois de ter comprado a Webjet – com autorização obtida no último 10 de outubro em
decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - a Gol
Linhas Aéreas anunciou hoje (23) o encerramento das atividades da
empresa recém-adquirida. A presidenta do Sindicato Nacional dos
Aeroviários (SNA), Selma Balbino, já foi informada pela Gol que 850
funcionários da Webjet serão demitidos.
Em nota, o SNA diz que, só no Rio de Janeiro, serão demitidos 40 profissionais de operação nas áreas de check in e
balcão, além de 40 mecânicos. Ainda segundo o sindicato, no dia 30 de
outubro o diretor de Recursos Humanos da Gol, Jean Carlo Alves Nogueira,
havia negado a possibilidade de demissão em massa no setor de
manutenção da Webjet.
De
acordo com o sindicato, o diretor teria informado, no entanto, que,
quando duas empresas se juntam, costuma haver excedente de mão de obra,
mas que não procedia o alarmismo sobre demissões em massa.
No site da
Webjet, a Gol garante que, com a extinção das operações de voo da
empresa recém-adquirida, passará a se responsabilizar pela continuidade
dos serviços de transporte aéreo e pela assistência a todos os clientes
da Webjet. O atendimento aos clientes passará a ser feito nos balcões da
Gol.
O
Cade aprovou a compra por unanimidade, mas impôs restrições e exigiu a
assinatura de um termo de compromisso de desempenho (TCD) com relação à
atuação das empresas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Pelo
acordo, a Gol e a Webjet não poderiam cancelar mais de 15 de cada 100
pousos ou decolagens previstas no aeroporto. O primeiro anúncio da compra é de 2011.