Mais de 181 mil famílias baianas vão sair da extrema pobreza

Todos os 417 municípios baianos são contemplados, mas em dez os impactos serão mais positivos.

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A partir de março próximo, mais de 181 mil famílias baianas sairão da extrema pobreza. O resultado, segundo a secretária interina de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Maria Moraes, é decorrência da medida anunciada pela presidenta Dilma Roussef, na semana passada, estendendo a complementação de renda para os beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) que ainda permaneciam em situação de pobreza extrema por não perfazerem o perfil do Brasil Carinhoso. Com a nova medida, não existirá mais, no PBF, família com renda mensal inferior a R$ 70 por pessoa, o que representa mais de 480 mil baianos assistidos. Todos os 417 municípios baianos são contemplados, mas em dez – Sítio do Mato, Buritirama, Ibiquera, Barra,Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Aporá, Macajuba, Caldeirão Grande e Nova Itarana – os impactos serão mais positivos porque, conforme o Censo/2010, mais de 40% de suas populações estão nessa condição. “O desafio posto para o estado e os municípios é incluir no CadÚnico todas as famílias com o perfil requerido, de forma que possamos declarar que, em nosso estado, considerando o conceito renda per capita de R$ 70, não existem mais pessoas extremamente pobres”, afirma Maria Moraes. Busca Ativa – Ela diz ainda ser necessário dar continuidade à estratégia da Busca Ativa, uma das ferramentas utilizadas para o reconhecimento e a inclusão das famílias que serão beneficiadas com as diversas ações do Plano Brasil sem Miséria.
 Na Bahia, a Sedes, por meio da Coordenação do Programa Bolsa Família, mobilizou equipes de profissionais para uma intensa procura, por meio de mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares, cruzamento de bases cadastrais e qualificação dos gestores públicos no atendimento a essas famílias. Como resultado da ação, 81,1 mil famílias foram incluídas no CadÚnico e já recebem o Bolsa Família. “Muito já se fez para incluir as pessoas que mais necessitam, mas existe ainda um número grande de extremamente pobres sem acesso à informação sobre o benefício e seus direitos como cidadãos. Por isso, é fundamental que continuemos com a Busca Ativa em todo o estado”, enfatiza a coordenadora estadual do programa, Luciana Santos.