As redações
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que ganharem nota máxima (1.000
pontos) vão passar por uma banca composta por três professores doutores
para fazer um “pente fino” no texto. A novidade foi anunciada nesta
sexta-feira (22) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que
afirmou que o assunto está sendo discutido por uma comissão de
especialistas. A mudança se dá depois da divulgação de que textos com
erros de grafia como “trousse” e “enchergar” ganharam nota máxima dos
avaliadores no último Enem (veja no vídeo ao lado).
Mercadante
confirmou ainda que redações com “deboche” como receita de macarrão
instantâneo e hino de clube de futebol vão receber nota zero. Candidatos
que no último Enem inseriram receita do miojo e o hino do Palmeiras no
texto ganharam notas 560 e 500, respectivamente.
“Para
ter nota máxima a redação deverá ir para uma banca com três doutores”,
disse Mercadante. “Não basta mais passar só pelos dois corretores.
Atualmente existem casos que tem um erro, mas ainda assim é possível ter
nota máxima. Agora, a correção será mais exigente.”
Sobre
os casos de “deboche” na redação, Mercadante procurou minimizar. “Não
vamos pegar seis redações para tentar tirar daí uma tese para 4.170.000
redações. Não há nenhuma amostra estatística que demonstre isso. Ainda
assim, nós estamos olhando com cuidado, e avaliando sempre para fazer o
melhor.” Segundo ele, o exame ocorre de forma transparente.
Mercadante
afirmou que as duas mudanças está sendo discutidas com uma comissão de
especialistas. “Na primeira, qualquer brincadeira, deboche não vai ser
tratado como inserção indevida, vai ser zero na redação. Segundo: rigor.
Na nota máxima, toda redação irá para a banca, que são três doutores.”
Do Portal Calila Notícias/Fonte: G1